Ah substantivo ingrato,tu me maltratas
És tão abstrato que em ti me sinto em nuvens
Aliado a ti,um verbo promíscuo me põe miragens
Musas me circundam,tento tocá-las,em vão me exaltas
Vai,pobre poeta,fale de mim sem medo
Como olhar e não tocar,tocar e nem ao menos querer
Sou eu escravo de ti e vivo de arremedo
Preenchendo as lacunas de um sentir que não vejo esmorecer
Amar,amar,amar...palavra que o meu eu sucumbe
No peito um querer infindo,que faz de mim infante,zumbe
Falar de ti, Amor,é meu dever,minha obrigação
Não pretendo ser a voz de quem o sente,tu és tentação.
O meu ar expira quando por ti sou tomado
A pessoa que me completa e que um dia saciará a fome
Vive a perambular pelo mundo e a pronunciar meu nome
Dizendo em delírios que sou eu o amado.
Falando ou pensando em ti,Amor,só me iludo
Não te canses,usa-me,abusa-me,sou teu instrumento
Fazei de mim o ser mais que sortudo
Mesmo que falar de ti me cause um grande sofrimento.
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