sábado, 12 de março de 2011

O que não dissemos...

Nossos olhos sempre se encontraram,neles um desejo guardado
A vida me ensinou a ser paciente,mas a ansiedade cresce incontrolavelmente
Das muitas palavras ditas,uma tem deixado-me angústia e o corpo prostrado...
-"Adeus..." com o mesmo olhar me dizias e minha boca o teu beijo buscava fremente


Ah Amor que me põe em desespero e pelo qual busco a vida toda,contigo quero estar
Quero como um doente precisa da cura,a doença de minha alma é amar
Uma única vez proferi a frase mais dita pelo que se amam "Eu te amo..."
Isso não desmerece o que sinto,apenas afirmo exclusividade eterna e meu peito inflamo

A distância de ti me tortura,aumentando a dor que sinto,em vão tento me acalmar
O que não dissemos,não sei,talvez tudo,quem sabe nada,sei que devo atravessar a tormenta
Nossas bocas brigavam com o coração e desse labirinto minha alma ardentemente lamenta
Não chores tanto quanto eu,na escuridão do meu quarto,tuas mãos querem me mimar

Estás sozinho?Levanto-me,olho-me no espelho e vejo teu rosto e tento beijar,doce fantasia...
Sinto algo me cortando,a dor é grande,mas não sangro,lágrimas descem pelo ralo
Imagino-te junto a mim,o que não dissemos,por que?minha alma tenta afagá-lo
Busco uma razão para isso,não encontro,o que não dissemos?pergunta que lateja meu dia

Abro a porta,olho o céu,grito o teu nome,vejo uma estrela cadente e sorrio
Sinto um pingo d'água em meu rosto,não está chovendo,o Universo conspira a nosso favor,minha obsessão
Palavras não ditas,frases esperadas,a pele ardendo de vontade,o que não dissemos ficou na emoção
A Natureza já deu seu veredito,merecemos a felicidade e abandonar o nosso mundo sombrio.

Tua Ausência

Abrir e fechar os olhos já não surte mais efeito,o quadro não muda
Algo me acompanha nessa estrada,ouço risos cada vez mais estridentes...
Quando a noite vem,é sempre noite em minha vida,lábios tocam-me e já não sou muda
Sou tomada por uma força convincente ,mas de mim saem palavras dementes

Ah ,meu coração infla de uma vontade inaplacável,a escuridão me conforta
Como é doce o negrume que me abraça,teu riso retorna como luz,espantando toda a dor
Será ilusão?Muitas palavras pérfidas pensei e te disse,mas isso a ti não importa
Tal qual um buraco negro me comporto,atraindo e destruindo tudo com extremo furor

Minha estrela,a tua ausência dói e o que mais machuca são as doces lembranças deixadas
Deixar partir é tarefa árdua,ah...tardes fagueiras,noites ardentes,sorrisos ao luar...
Tudo tem fim,meu Amor não,esquecer não faz parte do meu plano,tenho idéias aladas
Elas tomam formas,cores e a ti tudo lembram,a tua ausência física me faz voar

O ar tem o teu perfume,ele está impregnado em mim,todos dizem que meu hálito é o teu hálito
Nunca profanei minha boca com outra boca,somente a tua conheci,tudo em mim arde
Teus abraços,teus beijos,teu calor...Querer-te intensamente é o meu único delito
Delito conhecido por ti,dele não me privo,na tela do computador uma foto me diz que é tarde

sexta-feira, 11 de março de 2011

Alma

Escondida,toda maltrapilha,sedenta por algo que nunca terá,está algo especial
Todos a possuem,alguns negam e sôfrega procura por alívio que a carne não dá,ela chora...
O labirinto foi construído,fraca está,quer morrer e não pode,fadada a viver nesse lamaçãl
Sua luz ofuscada,do lodo não se desprende,ninguém a vê e mesmo assim por um olhar implora


Ela sofre e esse é seu único destino,castigo pior talvez não há,mas qual o pecado?
Que atrocidade cometeu?É eterna,quem sabe seja isso?Quer sair e não pode
Presa em seus medos,grita por socorro,nada pode ter e ninguém a acode
O corpo, transformado pelo tempo,está frágil e forças não tem para seguir,já não há ninguém ao seu lado...


A solidão acompanhada é a maior tortura,todos estamos sós nessa vida
Verdade das Verdades:há sempre uma mentira,no nascer e no morrer não se sabe quem está na porta de entrada ou na porta de saída
Ela está presa,quem é livre?O dilema está lançado,respostas variadas e agonia continua
Mistério de mim mesmo,quiçá nunca revelado.alguém crê nisso?Sou um livro aberto e ela está nua...


Tento tocá-la e não posso,a sombra se desvia de mim e o corpo teima em viver
Aquela que a completa não deu sinal de vida,posso estar cego ou a outra torce para esse corpo morrer?
Se meu corpo vive,o corpo dela também está,assimé justo e o enigma cruel complica o labirinto
Ah,desencontro infame,inflama ainda mais a infelicidade que me assola,não queria sentir,mas eu sinto


Minha alma procura em cada rosto saber se a sua está lá e de decepções vou vivendo,sem calma
Sou escravo do medo,sem coragem,à espera da ação libertadora,um segundo ao seu lado viver espero
Já vivi muitas vidas,quero a nossa,um clamor me acompanha e seu eco ressoa:minha alma,minha alma,minha alma...
Ah,apelo para tudo que há de bom no mundo,o mal quer me levar consigo,salve-me,é o que mais quero
 
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