sexta-feira, 11 de março de 2011

Alma

Escondida,toda maltrapilha,sedenta por algo que nunca terá,está algo especial
Todos a possuem,alguns negam e sôfrega procura por alívio que a carne não dá,ela chora...
O labirinto foi construído,fraca está,quer morrer e não pode,fadada a viver nesse lamaçãl
Sua luz ofuscada,do lodo não se desprende,ninguém a vê e mesmo assim por um olhar implora


Ela sofre e esse é seu único destino,castigo pior talvez não há,mas qual o pecado?
Que atrocidade cometeu?É eterna,quem sabe seja isso?Quer sair e não pode
Presa em seus medos,grita por socorro,nada pode ter e ninguém a acode
O corpo, transformado pelo tempo,está frágil e forças não tem para seguir,já não há ninguém ao seu lado...


A solidão acompanhada é a maior tortura,todos estamos sós nessa vida
Verdade das Verdades:há sempre uma mentira,no nascer e no morrer não se sabe quem está na porta de entrada ou na porta de saída
Ela está presa,quem é livre?O dilema está lançado,respostas variadas e agonia continua
Mistério de mim mesmo,quiçá nunca revelado.alguém crê nisso?Sou um livro aberto e ela está nua...


Tento tocá-la e não posso,a sombra se desvia de mim e o corpo teima em viver
Aquela que a completa não deu sinal de vida,posso estar cego ou a outra torce para esse corpo morrer?
Se meu corpo vive,o corpo dela também está,assimé justo e o enigma cruel complica o labirinto
Ah,desencontro infame,inflama ainda mais a infelicidade que me assola,não queria sentir,mas eu sinto


Minha alma procura em cada rosto saber se a sua está lá e de decepções vou vivendo,sem calma
Sou escravo do medo,sem coragem,à espera da ação libertadora,um segundo ao seu lado viver espero
Já vivi muitas vidas,quero a nossa,um clamor me acompanha e seu eco ressoa:minha alma,minha alma,minha alma...
Ah,apelo para tudo que há de bom no mundo,o mal quer me levar consigo,salve-me,é o que mais quero

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